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Foto do escritorLuana Adelino

"Os humanos têm corpos" (T2)

As redes sociais são um marco no que diz respeito à internet. Plataformas como o Facebook, Twitter, Instagram, entre outros, contam com a interação de bilhões de pessoas todos os dias: conversar com amigos, compartilhar momentos, curtir imagens, vídeos e falas, participar de lives... Essas são apenas alguns dos exemplos do que se pode fazer nas chamadas redes sociais.


Apesar de parecer integrar uma comunidade nas redes, nem tudo é um mar de rosas. O texto Os humanos têm corpos, presente no livro de Yuval Noah "21 Lições Para o Século 21", aborda questões acerca das decisões tomadas por Mark Zuckerberg nos últimos anos, relacionados diretamente com a plataforma Facebook. Em junho de 2017, Zuckerberg trouxe uma proposta até então inovadora e de cunho benéfico — a criação da "Cúpula de Comunidades" visava a sugestão de grupos para que as pessoas participem de comunidades dentro da rede, com o objetivo "fortalecer nosso tecido social e fazer o mundo ficar unido". Esse projeto contou com o auxílio de uma IA (inteligência artificial) criada com o propósito de coletar dados pessoais dos usuários, a fim de sugerir grupos onde as pessoas compartilhassem temas de interesse. No entanto, meses após o projeto o Facebook encontrava-se em uma situação extremamente delicada: o escândalo da Cambridge Analytica revelou que os dados coletados na verdade foram utilizados por terceiros, manipulando eleições em todo o mundo, o que acabou implicando na credibilidade tanto da rede quanto de seu criador. Quando falamos sobre a privacidade do usuário na rede, a ética de um designer pode estar em jogo. Nós que trabalhamos com Mídia Digital tomamos todo cuidado com as informações pessoais coletadas para a confecção de um projeto, pois nosso objetivo é atender da melhor forma possível as necessidades de nosso público. A credibilidade do uso das IAs também são comprometidas, ainda que essas sejam capazes de facilitar o trabalho de coletar informações e sugerir interesses para diferentes pessoas, como fazer com que o algorítimo não fique viciado mostrar as mesmas coisas para o usuário? Essa ainda é uma tarefa árdua de se resolver. Particularmente, compreendo essas coletas de dados como uma ferramenta de melhoria das interfaces digitais, e não mercadoria para beneficiar alguns mal intencionados. Ainda sobre o texto, o plano de Zuckerberg também contava com outro objetivo: "as comunidades on-line ajudariam fomentar comunidades off-line". A ideia de estimular esses encontros fora das redes é louvável, mas ainda é uma realidade distante. O exemplo dado por Yuval ilustra bem o porquê disso: ele diz que se por ventura ficar doente em casa, em Israel, ainda poderá conversar com seus amigos que residem na Califórnia, no entanto não receberá uma sopa ou uma xícara de café dos mesmos. Yuval complementa dizendo "Humanos têm corpos. Durante o século passado a tecnologia nos distanciou de nossos corpos. Perdemos a capacidade de dar atenção ao que tem cheiro e gosto".


Essa última frase faz um alerta muito importante para os designeres, visto que as tecnologias são pensadas sobretudo no visual, excluindo os outros sentidos que temos. Ainda que haja projetos multisensorias nesse campo, como e quando o paladar e o olfato estarão presentes em dispositivos como celulares, computadores e televisores é um mistério, estando no imaginário comum. O mais próximo que temos atualmente na integração do tecnológico com a comida são as impressoras 3D como a Edible Growts e a Mmuse. A Edible Growts consite na impressão de uma massa comestível com camadas de sementes, esporos e leveduras. Cinco dias após essa impressão, a germinação das sementes estarão completas assim como os cogumelos, estando prontos para o consumo.



A Mmuse se trata de uma impressora artística que usa como matéria prima chocolates. Assim como uma impressora 3D comum, basata colocar pedaços de chocolate no recipiente da máquina, escolher um modelo e iniciar a impressão com o chocolate.

Por enquanto é isso, as atualizações no blog serão feitas em breve! Não deixe de acompanhar, viu?

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